segunda-feira, 23 de abril de 2012

O Táxi (Parte III)


III
Nunca soube como abordar uma rapariga. Não acredito em homens especiais de corrida que façam abordagens demais originais. Acredito que sendo giro, bem giro a abordagem na maioria das vezes é bem-sucedida; que sendo feio, bem feio a abordagem na maioria das vezes é mal-sucedida; não acredito no meio-termo. Também não acredito em frases que façam a diferença. O que aconteceu foi que cruzamo-nos e trocamos olhares. Ela sorriu. Eu fiquei empolgado. Ela aproximou-se com a amiga. Eu aproximei-me. Chegou a altura de abordar. Como meio-termo que sou, disse o normal.
- Olá! Como te chamas?
Não me respondeu, fez uma cara de desilusão, olhou para a amiga, que se riu. Fiquei pasmado. Que deveria ter feito. Questiono-me durante dias. Penso, no que de errado fiz. Como poderia ela esperar outra abordagem. 

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