sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A obra que poderá matar Almada!

Os motivos para esta notícia.

Considero que o metro de superfície é a melhor escolha para cidades de média dimensão que assentem preferencial numa zona geográfica de característica planas. Mas atenção, isto é apenas uma consideração, de quem não tem qualquer curso de transportes ou geografia.

Almada e Seixal são cidades de concelhos de média dimensão em Portugal, mas que não assentam em geografias planas e pior, parece-me que não existem fluxos de passageiros em Almada-Seixal (actualmente a estação final é Corroios) suficientes para a ligação entre as duas cidades por metro de superfície.

Este projecto parece-me que possui vários problemas:

  1. Nenhuma das cidades ou dos concelhos foi planeado e ordenado para receber este tipo de transporte;
  2. Não existem fluxos de passageiros entre concelhos (pois nenhum é gerador de emprego/trabalho), e o único fluxo rentável (das actuais linhas): (i) Almada - Estação Pragal (terminal ferroviário) - Universidade, Almada - Cacilhas (terminal fluvial);
  3. Em relação ao concelho do Seixal, a rede de metro termina em Corroios, não efectuando a ligação Corroios (terminal ferroviário) - Seixal (cidade) - Seixal (terminal fluvial);
  4. A proximidade entre estações é incompreensível, ou seja, a zona de colocação de outras estações em especial fora da cidade Almada.
Na minha perspectiva um metro rentável para a Margem Sul, seria:
  1. Linha Principal - Cacilhas (terminal fluvial) -> Almada -> Pragal (terminal ferroviário) -> Monte Caparica -> Universidade -> Costa de Caparica (Instância balnear). Fora de Almada, estações apenas onde existam fluxos de passageiros.
  2. Linha Secundária - Seixal (terminal fluvial) -> Seixal Cidade -> Corroios (terminal ferroviário);
  3. Inexistência de ligação entre linhas na fase inicial, visto que não existe fluxo de passageiros nesse sentido. Para além disse, existe uma boa base de oferta rodoviária e até ferroviária.
Espero que me tenha feito entender.

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